08/02/08

Estátua

Nas suas mãos a voz do mar dormia
Nos seus cabelos o vento se esculpia

A luz rolava entre os seus braços frios
E nos seus olhos cegos e vazios
Boiava o rasto branco dos navios

Sophia de Mello Breyner Andresen, No Tempo Dividido, Caminho

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