07/01/08

Rua 1º de Dezembro*

À hora X, no Café Portugal
à mesa Z, é sempre a mesma cena:
uma toupeira ergue a mãozinha e acena…
Dois pica-paus querelam, muito entusiasmados:
que a dita dura dura que não dura
a dita dita dura – dura desdita!
Um pássaro cantor diz que isto assim é pena
e um senhor avestruz engole ovos estrelados.

Mário Cesariny, "nobilíssima visão", Assírio & Alvim



*para a f. :

só dois ou três apartezinhos meio incompletos, para dizer, ou não, o porquê do poema aqui colocado.
não sou destas coisas que é o mesmo que dizer: destas coisas não sou. coisas estas que não sei bem o que são.

os acasos....... mais este puro acaso

digo: "adiante, adiante", guinando e metendo na rua que interessa. foi esta a rua onde abandonei, sem desculpa aceitável, as tuas palavras. este é o poema que encontrei, por acaso, no primeiro abrir do livro. o acaso, sempre o acaso a ocasionar acasos.

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